Certificação AQUA

O Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental), desenvolvido e adaptado à realidade brasileira pela Fundação Vanzolini, maior certificadora nacional, vem ganhando cada vez mais a adesão de construtoras e incorporadoras no país. Criada em 2008, a norma já conta com 32 processos iniciados, 28 certificados emitidos (fases de concepção, programa e operação) e 17 empreendimentos certificados, totalizando cerca de 200 mil m2 (dados atualizados em novembro de 2010). Entre os empreendimentos de destaque, podemos mencionar unidades da Leroy Merlin, em Nitéroi (RJ) e Taguatinga (DF); duas escolas estaduais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), responsável pela rede física escolar da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo; além do Parque Ecológico Imigrantes. Baseada no HQE francês, a certificação é reconhecida internacionalmente por diversas entidades certificadoras no mundo, como na França, Alemanha, Inglaterra, Finlândia, Itália e Estados Unidos, que fazem parte da SB Alliance, da qual a Fundação Vanzolini é membro fundador e ocupa a vice-presidência.


Critérios de Avaliação – A certificação AQUA se baseia em 14 critérios de sustentabilidade, divididos em quatro fases: Eco-construção, Eco-gestão, Conforto e Saúde. Esses critérios abrangem as seguintes fases de desenvolvimento: Programa, Concepção, Realização e Operação, seja um empreendimento residencial, comercial ou outros, como complexo esportivo, arena e habitação popular. A análise é voltada para que o empreendimento cause baixo impacto ao meio ambiente, consuma menos recursos naturais e gere menos resíduos.

Diferenciais – Adequada à realidade brasileira e com alto grau de exigência, a certificação AQUA se diferencia no mercado em diversos aspectos. Sua avaliação requer auditorias presenciais em todas as fases do projeto, ao mesmo tempo que é mais flexível, buscando soluções que possam ser adotadas de acordo com a realidade no Brasil. Dessa forma, são considerados aspectos como a região onde o empreendimento será construído, as diferenças climáticas, a vegetação, a cultura da comunidade local, entre outros fatores.


Soluções Ativas e Passivas – O processo AQUA também leva em consideração as soluções passivas e ativas para a redução de impactos ambientais e custos operacionais da construção. As passivas podem ser empregadas sem custo adicional, como a orientação das fachadas para obtenção de iluminação natural; cobertura destacada do forro para melhora da ventilação natural; e sombreamento das faces ensolaradas com utilização de vegetação para reduzir o calor no interior do imóvel. Se forem adotadas já na fase do projeto arquitetônico, a habitação sustentável pode ter um custo similar à convencional. Já as soluções ativas podem incluir a adoção de vasos sanitários com descarga de seis litros, torneiras e chuveiros economizadores de energia, sistemas de aproveitamento e reuso de água, lâmpadas de alta eficiência energética, entre outros, como o uso de energia solar para aquecimento da água. Essas soluções podem requerer maior investimento inicialmente, porém quanto mais alto o desempenho ambiental menores serão os custos operacionais da edificação.

Menor custo operacional – Com a demanda cada vez maior da sociedade por menor impacto ao meio ambiente, é necessário repensar o conceito de custo da obra. Para isso, é preciso levar em consideração a fase de operação, cujo investimento ao longo dos anos é muito maior do que o valor gasto na construção. Dentro de uma perspectiva de 30 anos, cerca de 20% do custo total de um empreendimento correspondem à construção e 80% à operação. No entanto, sendo um edifício sustentável e, consequentemente, com custos operacionais mais baixos, os investimentos adicionais na fase de construção terão um rápido retorno.

Metodologia – A certificação AQUA conta com uma metodologia já consagrada mundialmente que garante o controle total do projeto, a fim de obter a Alta Qualidade Ambiental do empreendimento. Além disso, a normatização prevê a criação da estratégia ambiental global do empreendimento, como a proteção do ambiente (preservação dos recursos, redução da poluição e de resíduos); gestão dos recursos naturais durante a operação (água e energia); gestão patrimonial (durabilidade, adaptabilidade, conservação, manutenção, custos de uso e operação); conforto (dos usuários, da vizinhança, dos operários de obra); saúde (dos usuários, da vizinhança, do pessoal de obra).

Avaliação – A avaliação da qualidade ambiental do edifício deve ser feita pelo próprio empreendedor durante as etapas de Programa, Concepção, Realização e Operação. As 14 categorias são avaliadas segundo os níveis Bom, Superior e Excelente. O Nível Bom é o mínimo aceitável para um empreendimento AQUA, o que significa estar adequado à regulamentação vigente (na ausência desta, à prática corrente). O Nível Superior corresponde ao das boas práticas, enquanto o Nível Excelente é calibrado em função dos desempenhos máximos constatados em empreendimentos de elevada qualidade ambiental, assegurando que sejam atingíveis. Uma vez seguida essa avaliação, a Fundação Vanzolini verifica, por meio de auditorias, se a auto-avaliação do empreendedor está correta e autoriza ou não o uso da Certificação Processo AQUA. Informações: www.processoaqua.com.br. (texto desenvolvido por Anna Karina Spedanieri 2.12.2010 às 15h17).

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