BRASIL PRECISA DIMINUIR SUAS ALIQUOTAS DE IMPORTAÇÃO EM RELAÇÃO AOS INSUMOS UTILIZADOS NA INDUSTRIA LOCAL


São Paulo, junho de 2015 – Para combater a crise no mercado interno, o governo federal deve apostar cada vez mais em acordos comerciais para viabilizar exportações e importações das empresas no Brasil. Exemplo disso, foi a parceria firmada com o México nos últimos dias, e que começará a ser negociado em julho. Na opinião de Marina Carvalho, diretora-presidente da Associação pela Indústria e Comércio Esportivo (ÁPICE) que reúne as marcas adidas, Alpargatas, Asics, Oakley, Nike, Paquetá, Puma, Skechers e Under Armour, o Brasil infelizmente celebrou um número reduzido de acordos preferenciais de comercio nos últimos anos. Essa política fez com que o país reduzisse oportunidades de ganhar mercados consumidores externos em detrimento de outros países, que têm adotado uma política intensa de celebração destes acordos. “Os mercados estratégicos para o setor da indústria esportiva são Estados Unidos e Argentina, pois se tratam dos maiores mercados consumidores de produtos esportivos brasileiros”.

Marina Carvalho explica que o setor de calçados esportivos está chegando a um momento crucial e por isso, será preciso uma revisão detalhada e profunda das tarifas de importação vigentes, de forma a permitir a internacionalização de empresas brasileiras para que os produtos fiquem mais acessíveis para a população. Ela explica que o país possui alíquotas de importação muito altas, o que acaba por encarecer os principais insumos utilizados no processo produtivo brasileiro. “Esse cenário dificulta a inclusão do Brasil nas cadeias globais de valor e prejudica a competitividade de produtos produzidos no Brasil. “Atualmente, somos um dos países que mantém as maiores alíquotas de importação, na contramão de outros parceiros comerciais, que vêm reduzindo suas alíquotas gradualmente”, alerta Marina Carvalho.

Em relação à perspectiva da indústria e varejo da indústria esportiva, as expectativas não são positivas. O mercado não deve crescer e poderá haver um encolhimento de pontos de venda no canal especializado em tênis. O varejo esportivo deve ser impactado diretamente pela situação macroeconomia do país com perspectiva de crescimento flat. Porém, o e-commerce tem projeção de crescimento, em função do maior alcance comparado ao varejo físico. Com o e-commerce é possível atingir novos públicos do mercado esportivo que antes não era possível, explica Marina Carvalho.

Para minimizar esse problema, é necessário que a indústria local tenha acesso a um amplo mercado consumidor e obtenha incentivos tributários para alcançar os benefícios de aumento de escala. Nesse sentido, a ÁPICE é a favor de uma reforma tributária que estimule o crescimento e o ganho de escala das pequenas e médias indústrias (calçados e têxteis), em parceria com outras entidades. “Somos favoráveis à unificação de PIS/Cofins em regime não cumulativo e à eliminação da tributação sobre investimentos e bens de capital. Acreditamos na revisão das medidas vigentes de desonerações sobre a folha de pagamento e a redução do tíquete inicial de financiamentos destinado à inovação”.


Além dos acordos preferenciais de comércio, a entidade defende outras políticas de incentivo ao comércio internacional, que fortaleçam ainda mais empresas que produzem no Brasil e que exportam seus produtos. A seguir, confira os principais incentivos que o setor necessita:

- Incremento da competitividade com alteração da carga tributária,

- Controle dos juros e redução dos custos logísticos e trabalhistas, que atualmente são muito altos

- Qualificação de mão de obra e uma política industrial que apoie a indústria a se modernizar e ser mais competitiva

- Controle da inflação e uma política mais intensa do governo federal para a celebração de acordos de livre comércio com os maiores polos consumidores

SOBRE A ÁPICE – Com sede na capital Paulista (SP), a Ápice (Associação pela Indústria e Comércio Esportivo) representa empresas fabricantes de artigos esportivos perante o governo brasileiro, outras empresas e instituições interessadas no assunto. As ações desenvolvidas pela ÁPICE envolvem o aperfeiçoamento da qualidade dos produtos esportivos, combater à falsificação, facilitar o acesso dos consumidores a produtos esportivos com valores justos, aumentar a competitividade do setor brasileiro nas cadeias globais de valor, com o incentivo a novas tecnologias, práticas sustentáveis, qualificação e desenvolvimento contínuo da mão de obra. Além disso, pretende promover o esporte como plataforma de inclusão social. Atualmente, as empresas associadas são: adidas, Asics, Alpargatas, Nike, Oakley, Puma, Paquetá, SKechers e Under Armour que possuem impacto direto em toda a cadeia de produção, da indústria de insumo ao comércio varejista. Site: www.apicebrasil.org.br. (Texto desenvolvido por Anna Karina Spedanieri).

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