Não importa quantos salários você ganha!
Por Silvia Alambert, educadora financeira
No final de fevereiro, representantes do nosso governo federal aprovaram o salário mínimo no valor de R$545,00. Para muitos fica a pergunta: Famílias brasileiras que possuem renda mensal de um salário mínimo têm possibilidades de desenvolver um planejamento financeiro para evitar o endividamento? Então, é importante destacar que independente da renda, qualquer pessoa ou uma família têm condições para realizar um planejamento financeiro. Mas, o que geralmente acontece é a busca por um padrão de vida superior à realidade financeira e aí, não importa se for um salário mínimo ou 10 salários mínimos, a família que não tiver um planejamento para viver dentro de sua realidade acabará uma hora tendo que “apertar o cinto”.
Uma família com renda mensal de um salário mínimo deveria priorizar a sobrevivência e pensar em ter uma economia para objetivos maiores futuros ou para algum momento emergencial. A partir destes hábitos, surgem possibilidades de economizar valores para ocasiões eventuais. Quero destacar que todas as pessoas que recebem uma determinada quantia, sempre terão a oportunidade de guardar algum dinheiro. Às vezes, olhando pelo valor baixo, pensa-se que não dá para fazer nada, mas engana-se quem pensa desta forma, pois se a pessoa tem energia para gastar dinheiro, ela também deveria ter a mesma energia para separar e guardar um pouco de dinheiro todo mês, nem que seja um pouco! Além do mais, pesquisar preços e economizar nas pequenas coisas são atitudes que apresentam grandes diferenças no orçamento no final do mês. Caso não queira abrir mão de ter as coisas de forma imediata, o certo é buscar fontes alternativas de renda para gerar mais dinheiro, ao invés de “infinitos” parcelamentos para aquisição de bens duráveis ou não.
Quando uma família está situada nas grandes cidades que automaticamente o custo de vida é maior, isso não é o fator principal do endividamento. Se uma pessoa já está endividada é porque gastou mais do que podia e, portanto, deve assumir que foi além de suas possibilidades e não que o custo de vida nas grandes cidades é alto. Contas existem para serem pagas, portanto, não há muita escolha a ser feita, já que caso a pessoa fique sem pagar contas ela entrará na lista de inadimplentes ou, em outros casos, terá alguns serviços suspensos. O primeiro passo, então, é a pessoa ter consciência sobre qual foi o item que a levou ao endividamento e deverá, então, negociá-la imediatamente. Reconhecer qual é a dívida que tira o sono da pessoa fará com que ela busque algumas alternativas imediatas. Neste caso, até vale a venda ou devolução do item ainda que com prejuízo para sair do endividamento ou, como alternativa, talvez um empréstimo com parentes ou amigos para quitar a dívida já que estes não costumam cobrar juros.Se ao final, a pessoa assumir que não há alternativa possível para cumprir seus pagamentos, ela deve priorizar seus gastos com sobrevivência em um primeiro momento (aluguel, alimentação, água e luz) e considerar buscar auxílio imediato com pessoas que tenham mais conhecimento financeiro para orientá-la a “sair” desta situação o mais rápido possível.
Pedir ajuda quando se trata de dinheiro pode ser considerada uma situação constrangedora, mas prorrogar a situação e ter o bem confiscado, o nome restrito para compras ou um serviço supenso é muito pior. Por isso, antes de se perder nas contas, ou seja, comprometer uma quantia de dinheiro maior do que a que se tem para adquirir, as pessoas deveriam pensar em PLANEJAMENTO. Enfim, não importa a quantia recebida por mês. A palavra de ordem para quem tem algum tipo de renda é: “ É melhor dizer ao seu dinheiro para onde ele vai do que perguntar depois para onde ele foi!” Com base na entrada e saída de valores, deve-se fazer uma planilha orçamentária básica. Pode-se fazer isto de forma simples com uma caneta e um caderno e, mais do que isso, segui-la à risca. Siga esse caminho na hora de montar a sua planilha no Excel, em colunas: Entrada (descrição), Valor, Data, Saída (descrição), Valor, Vencimento e Saldo. Desta forma, você conseguirá visualizar se está passando do limite e evitar prejuízo maior.
Concluo este assunto destacando que não importa o valor do seu salário. A principal questão é a educação financeira para que se administre bem qualquer quantia que a pessoa venha a receber. Mas, ao mesmo tempo entendo que falta igualdade de salários em várias áreas, mas o ponto principal é a maneira sobre como as pessoas administram suas finanças. Destaco que quem sabe administrar bem R$ 1,00 saberá administrar bem R$ 1.000.000,00.”, já quem não sabe, vai sempre se sentir injustiçado, independentemente do valor recebido. Quantas vezes já ouvimos casos de pessoas que ganharam na loteria ou na mega sena ou nestes reality shows, que depois de alguns anos ficaram em situação financeira pior do que antes de serem ganhadoras ? Em nosso país, falta educação financeira adequada aos que recebem R$ 545,00 e aos que recebem R$ 26.000,00.
Silvia Alambert é educadora financeira e detentora da metodologia de ensino The MoneyCamp para a educação financeira no Brasil (www.themoneycamp.com.br)
No final de fevereiro, representantes do nosso governo federal aprovaram o salário mínimo no valor de R$545,00. Para muitos fica a pergunta: Famílias brasileiras que possuem renda mensal de um salário mínimo têm possibilidades de desenvolver um planejamento financeiro para evitar o endividamento? Então, é importante destacar que independente da renda, qualquer pessoa ou uma família têm condições para realizar um planejamento financeiro. Mas, o que geralmente acontece é a busca por um padrão de vida superior à realidade financeira e aí, não importa se for um salário mínimo ou 10 salários mínimos, a família que não tiver um planejamento para viver dentro de sua realidade acabará uma hora tendo que “apertar o cinto”.
Uma família com renda mensal de um salário mínimo deveria priorizar a sobrevivência e pensar em ter uma economia para objetivos maiores futuros ou para algum momento emergencial. A partir destes hábitos, surgem possibilidades de economizar valores para ocasiões eventuais. Quero destacar que todas as pessoas que recebem uma determinada quantia, sempre terão a oportunidade de guardar algum dinheiro. Às vezes, olhando pelo valor baixo, pensa-se que não dá para fazer nada, mas engana-se quem pensa desta forma, pois se a pessoa tem energia para gastar dinheiro, ela também deveria ter a mesma energia para separar e guardar um pouco de dinheiro todo mês, nem que seja um pouco! Além do mais, pesquisar preços e economizar nas pequenas coisas são atitudes que apresentam grandes diferenças no orçamento no final do mês. Caso não queira abrir mão de ter as coisas de forma imediata, o certo é buscar fontes alternativas de renda para gerar mais dinheiro, ao invés de “infinitos” parcelamentos para aquisição de bens duráveis ou não.
Quando uma família está situada nas grandes cidades que automaticamente o custo de vida é maior, isso não é o fator principal do endividamento. Se uma pessoa já está endividada é porque gastou mais do que podia e, portanto, deve assumir que foi além de suas possibilidades e não que o custo de vida nas grandes cidades é alto. Contas existem para serem pagas, portanto, não há muita escolha a ser feita, já que caso a pessoa fique sem pagar contas ela entrará na lista de inadimplentes ou, em outros casos, terá alguns serviços suspensos. O primeiro passo, então, é a pessoa ter consciência sobre qual foi o item que a levou ao endividamento e deverá, então, negociá-la imediatamente. Reconhecer qual é a dívida que tira o sono da pessoa fará com que ela busque algumas alternativas imediatas. Neste caso, até vale a venda ou devolução do item ainda que com prejuízo para sair do endividamento ou, como alternativa, talvez um empréstimo com parentes ou amigos para quitar a dívida já que estes não costumam cobrar juros.Se ao final, a pessoa assumir que não há alternativa possível para cumprir seus pagamentos, ela deve priorizar seus gastos com sobrevivência em um primeiro momento (aluguel, alimentação, água e luz) e considerar buscar auxílio imediato com pessoas que tenham mais conhecimento financeiro para orientá-la a “sair” desta situação o mais rápido possível.
Pedir ajuda quando se trata de dinheiro pode ser considerada uma situação constrangedora, mas prorrogar a situação e ter o bem confiscado, o nome restrito para compras ou um serviço supenso é muito pior. Por isso, antes de se perder nas contas, ou seja, comprometer uma quantia de dinheiro maior do que a que se tem para adquirir, as pessoas deveriam pensar em PLANEJAMENTO. Enfim, não importa a quantia recebida por mês. A palavra de ordem para quem tem algum tipo de renda é: “ É melhor dizer ao seu dinheiro para onde ele vai do que perguntar depois para onde ele foi!” Com base na entrada e saída de valores, deve-se fazer uma planilha orçamentária básica. Pode-se fazer isto de forma simples com uma caneta e um caderno e, mais do que isso, segui-la à risca. Siga esse caminho na hora de montar a sua planilha no Excel, em colunas: Entrada (descrição), Valor, Data, Saída (descrição), Valor, Vencimento e Saldo. Desta forma, você conseguirá visualizar se está passando do limite e evitar prejuízo maior.
Concluo este assunto destacando que não importa o valor do seu salário. A principal questão é a educação financeira para que se administre bem qualquer quantia que a pessoa venha a receber. Mas, ao mesmo tempo entendo que falta igualdade de salários em várias áreas, mas o ponto principal é a maneira sobre como as pessoas administram suas finanças. Destaco que quem sabe administrar bem R$ 1,00 saberá administrar bem R$ 1.000.000,00.”, já quem não sabe, vai sempre se sentir injustiçado, independentemente do valor recebido. Quantas vezes já ouvimos casos de pessoas que ganharam na loteria ou na mega sena ou nestes reality shows, que depois de alguns anos ficaram em situação financeira pior do que antes de serem ganhadoras ? Em nosso país, falta educação financeira adequada aos que recebem R$ 545,00 e aos que recebem R$ 26.000,00.
Silvia Alambert é educadora financeira e detentora da metodologia de ensino The MoneyCamp para a educação financeira no Brasil (www.themoneycamp.com.br)